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O marido da minha prima bate-lhe e diz que gosta dela. O que faço para mostrar que é incorreto?

Admin

“Quem ama não agride”. Esta parece uma afirmação óbvia para quem não está a vivenciar uma situação de violência doméstica. Para quem está a experienciar os abusos na primeira pessoa não parece assim tão óbvia… A verdade é que as próprias dinâmicas que ocorrem no contexto de violência doméstica e as estratégias (habitualmente subtis) utilizadas pela pessoa agressora levam a que as vítimas se culpabilizem pela própria violência da qual são alvo, acreditando que todos os problemas são um exagero ou uma paranoia sua e tendo raramente consciência dos abusos.

Nestas situações, o papel da família e das pessoas amigas é fundamental. Ser demasiado diretivo/a não é a melhor estratégia na maior parte dos casos, pois a vítima, para além de estar apaixonada, acredita que é a culpada por todos os conflitos e desentendimentos. Se formos demasiado diretivos/as, podemos perder a confiança daquela pessoa e reforçar a resistência desta em, por exemplo, terminar a relação abusiva ou até apresentar queixa. Sensibilizar a vítima com filmes ou enviar uma reportagem/vídeo que alerte para a problemática pode ser uma boa estratégia. Oferecer um livro idem. Estas podem ser formas silenciosas de ajudar a vítima a identificar-se com histórias semelhantes à sua. Conversar de forma pacífica sobre a situação caso notem algum sinal também pode ser uma boa técnica. Dizer, por exemplo, “ultimamente tenho reparado que vens poucas vezes cá a casa e que estás triste, passa-se alguma coisa?”.

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